Santa Maria se fez histórica, social e politicamente a partir do começo do século 20 com o desenvolvimento puxado pelo ciclo ferroviário e, logo depois, com a força militar e dos setores educacionais que nos elevaram à condição de município referência na prestação de serviços e do comércio. O ir e vir de pessoas das mais variadas partes do Estado, do país e de outras partes do mundo imprime a Santa Maria uma dinâmica de cidade grande com princípios e características de Interior. Talvez, seja por isso, que a cidade é escolhida por muitos para ficarem, aqui, "radicados".
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Com uma população estimada de 283,6 mil habitantes, Santa Maria é feita de homens, mulheres, crianças, idosos, gays, punks, bêbados cambaleantes que andam pelo Calçadão, figuras folclóricas e tantas outras caricatas. Passam, por esse que é o maior município da Região Central do Estado, intercambistas com suas mochilas que vêm passar um semestre em uma das instituições de Ensino Superior, mórmons "made in USA" com a Bíblia debaixo do braço que vão de bairro em bairro pregar a palavra da salvação, militares em busca de qualificação, valorosos produtores rurais com a sua produção do campo sendo escoada para a cidade.
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Agora, imaginemos, que tudo isso simplesmente desaparecesse. Com quase 288 mil mortes pela pandemia do coronavírus no Brasil, é quase inimaginável pensar que Santa Maria fosse tirada do mapa.
Talvez ao fazermos esse exercício ficcional, e, ao mesmo tempo, tão real, conseguiríamos ver o que teria de ser evidente: esse vírus não seleciona as vítimas. Nao existe "nós" ou "eles". O que deveria prevalecer é o entendimento de que somos todos potenciais vítimas. Quem sabe assim, teríamos mais disciplina, responsabilidade para conosco e com os outros.
ALIÁS...
Nosso DNA econômico é estruturado em duas poderosas forças: o trabalho de empresários, que empreendem e suam meio ano para pagar uma asfixiante carga tributária do Estado (no sentido latu sensu); e um expressivo contingente de servidores públicos, que são o reforço e o porto seguro da economia em tempos de crise.